quinta-feira, 17 de março de 2011

Big Brother Brasil

BBB iguala votos da web a fone e SMS
  Curtir o Pedro Bial
  E sentir tanta alegria
  É sinal de que você
  O mau-gosto aprecia
  Dá valor ao que é banal
  É preguiçoso mental
  E adora baixaria.

  Há muito tempo não vejo
  Um programa tão ‘fuleiro’
  Produzido pela Globo
  Visando Ibope e dinheiro
  Que além de alienar
  Vai por certo atrofiar
  A mente do brasileiro.

  Me refiro ao brasileiro
  Que está em formação
  E precisa evoluir
  Através da Educação
  Mas se torna um refém
  Iletrado, ‘zé-ninguém’
  Um escravo da ilusão.

  Em frente à televisão
  Lá está toda a família
  Longe da realidade
  Onde a bobagem fervilha
  Não sabendo essa gente
  Desprovida e inocente
  Desta enorme ‘armadilha’.

  Cuidado, Pedro Bial
  Chega de esculhambação
  Respeite o trabalhador
  Dessa sofrida Nação
  Deixe de chamar de heróis
  Essas girls e esses boys
  Que têm cara de bundão.

  O seu pai e a sua mãe,
  Querido Pedro Bial,
  São verdadeiros heróis
  E merecem nosso aval
  Pois tiveram que lutar
  Pra manter e te educar
  Com esforço especial.

  Muitos já se sentem mal
  Com seu discurso vazio.
  Pessoas inteligentes
  Se enchem de calafrio
  Porque quando você fala
  A sua palavra é bala
  A ferir o nosso brio.
  Um país como Brasil
  Carente de educação
  Precisa de gente grande
  Para dar boa lição
  Mas você na rede Globo
  Faz esse papel de bobo
  Enganando a Nação..

  Respeite, Pedro Bienal
  Nosso povo brasileiro
  Que acorda de madrugada
  E trabalha o dia inteiro
  Dar muito duro, anda rouco
  Paga impostos, ganha pouco:
  Povo HERÓI, povo guerreiro.

  Enquanto a sociedade
  Neste momento atual
  Se preocupa com a crise
  Econômica e social
  Você precisa entender
  Que queremos aprender
  Algo sério – não banal.

  Esse programa da Globo
  Vem nos mostrar sem engano
  Que tudo que ali ocorre
  Parece um zoológico humano
  Onde impera a esperteza
  A malandragem, a baixeza:
  Um cenário sub-humano.

  A moral e a inteligência
  Não são mais valorizadas.
  Os “heróis” protagonizam
  Um mundo de palhaçadas
  Sem critério e sem ética
  Em que vaidade e estética
  São muito mais que louvadas.

  Não se vê força poética
  Nem projeto educativo.
  Um mar de vulgaridade
  Já tornou-se imperativo.
  O que se vê realmente
  É um programa deprimente
  Sem nenhum objetivo.

  Talvez haja objetivo
  “professor”, Pedro Bial
  O que vocês tão querendo
  É injetar o banal
  Deseducando o Brasil
  Nesse Big Brother vil
  De lavagem cerebral.

  Isso é um desserviço
  Mal exemplo à juventude
  Que precisa de esperança
  Educação e atitude
  Porém a mediocridade
  Unida à banalidade
  Faz com que ninguém estude.

  É grande o constrangimento
  De pessoas confinadas
  Num espaço luxuoso
  Curtindo todas baladas:
  Corpos “belos” na piscina
  A gastar adrenalina:
  Nesse mar de palhaçadas.

  Se a intenção da Globo
  É de nos “emburrecer”
  Deixando o povo demente
  Refém do seu poder:
  Pois saiba que a exceção
  (Amantes da educação)
  Vai contestar a valer.

  A você, Pedro Bial
  Um mercador da ilusão
  Junto a poderosa Globo
  Que conduz nossa Nação
  Eu lhe peço esse favor:
  Reflita no seu labor
  E escute seu coração.
  E vocês caros irmãos
  Que estão nessa cegueira
  Não façam mais ligações
  Apoiando essa besteira.
  Não deem sua grana à Globo
  Isso é papel de bobo:
  Fujam dessa baboseira.

  E quando chegar ao fim
  Desse Big Brother vil
  Que em nada contribui
  Para o povo varonil
  Ninguém vai sentir saudade:
  Quem lucra é a sociedade
  Do nosso querido Brasil.

  E saiba, caro leitor
  Que nós somos os culpados
  Porque sai do nosso bolso
  Esses milhões desejados
  Que são ligações diárias
  Bastante desnecessárias
  Pra esses desocupados.

  A loja do BBB
  Vendendo só porcaria
  Enganando muita gente
  Que logo se contagia
  Com tanta futilidade
  Um mar de vulgaridade
  Que nunca terá valia.

  Chega de vulgaridade
  E apelo sexual.
  Não somos só futebol,
  baixaria e carnaval.
  Queremos Educação
  E também evolução
  No mundo espiritual.

  Cadê a cidadania
  Dos nossos educadores
  Dos alunos, dos políticos
  Poetas, trabalhadores?
  Seremos sempre enganados
  e vamos ficar calados
  diante de enganadores?

  Barreto termina assim
  Alertando ao Bial:
  Reveja logo esse equívoco
  Reaja à força do mal…
  Eleve o seu coração
  Tomando uma decisão
  Ou então: siga, animal…

  Antonio Barreto,
      Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador

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