
O número de mortos em consequência das chuvas em cinco municípios da região serrana do Rio chegou a 595 na tarde deste sábado, segundo balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil. Equipes ainda buscam vítimas.
As mortes ocorreram em Nova Friburgo (267), Teresópolis (257), Petrópolis (49), Sumidouro (18) e São José do Vale do Rio Preto (4). Ainda chove na região.
O governador Sérgio Cabral (PMDB) sentiu na pele o efeito do temporal. Com visita programada a Nova Friburgo para as 11h, ele não conseguiu pousar na cidade de helicóptero e teve que descer em Cachoeiras de Macacu, a 40 km. No meio do caminho, na BR-116, caiu uma chuva forte e a estrada começou a se desfazer.
"É assustador. De repente a água vem e a estrada que estava semibloqueada começa a ruir", disse Cabral ao chegar a Nova Friburgo, às 14h15 deste sábado.
Risco - Um estudo encomendado pelo próprio Estado do Rio de Janeiro já alertava, desde novembro de 2008, sobre o risco de uma tragédia na região serrana fluminense.
A situação mais grave, segundo o relatório, era exatamente em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, os municípios mais devastados pelas chuvas e que registram o maior número de mortes. Essas cidades tiveram, historicamente, o maior número de deslizamentos de terra.
O estudo apontou a necessidade do mapeamento de áreas de risco e sugeriu medidas como a recuperação da vegetação, principalmente em Nova Friburgo, que tem maior extensão de florestas. O secretário do Ambiente do Rio, Carlos Minc, disse que o mapeamento de áreas de risco foi feito, faltando "apenas" a retirada dos moradores, e que os parques florestais da região também foram ampliados.
A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira o envio de R$ 100 milhões para ajudar as cidades serranas do Rio, informou o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. O dinheiro faz parte de um total de R$ 780 milhões liberados por Dilma, por meio de medida provisória editada na quarta-feira (12), para as cidades e Estados prejudicados pelas chuvas.
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